Projeto 2 - Grupo 5B: Apps para Medicina

O projeto 2, ao contrário do primeiro, busca realizar um aplicativo de celular mais funcional e que vá além do Insper. Novamente, devemos utilizar as técnicas de co-design para tornar nosso app mais conveniente, prático, agradável, funcional, satisfatório, etc…

O projeto vai ser dividido em etapas para facilitar a compreensão e o registro do processo:

1° Etapa: Brainstorm coletivo (todos da turma)

Para começar, o grupo escolheu realizar um aplicativo para a área de saúde.

Junto com os outros grupos, então, buscamos agrupar as ideias preliminares de possíveis públicos alvo (usuários para apps voltados para saúde), temas e problemas existentes na área médica e aplicativos existentes que já tentam resolver estas questões.

Abaixo, imagens da lousa utilizada para agrupar as ideias de possíveis usuários, temas, problemas e aplicativos já existentes.

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Essa etapa é importante para obtermos uma perspectiva sobre o universo em que iremos trabalhar. Através deste brainstorm, observamos os temas da área médica sugeridos de uma forma abrangente e delimitamos aqueles que mais chamaram a atenção dos integrantes de nosso grupo. São estes: o serviço ambulatorial urgente, nutrição, processos pré ou pós cirúrgicos, lembretes para pacientes e relação médico-farmacêutico. Veja abaixo algumas das razões de nosso grupo possuir mais interesses nestes temas:

  • Ambulâncias: O grupo gostou deste tema pois recebemos uma inspiração do aplicativo Uber. Este app foi capaz de tornar mais eficiente o serviço de transporte, agradando muito os seus usuários e sendo um sucesso. Os integrantes, portanto, se empolgam com a ideia de que esta eficiência poderia ser aplicada no serviço de ambulância. Contudo, apesar de gostar muito da ideia, o grupo prevê alguns contratempos que ainda não foram embasados, como a dificuldade em encontrar pessoas que tenham precisado do serviço de ambulância e possa nos relatar a experiência. Avaliaremos a plausibilidade desta ideia mais adiante nas etapas seguintes;
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  • Nutrição: No primeiro semestre do curso superior de engenharia Insper uma disciplina denominada Design de Software propôs que fizéssemos um programa que ajude a monitorar a ingestão de nutrientes por dia. O contato positivo no passado com esse tema somado a possibilidade de desenvolver esta ideia em um aplicativo mais concreto incentivou bastante o grupo. Além disso, os integrantes do grupo já utilizaram aplicativos similares, pois identificam-se com o tema. Não prevemos muita dificuldades neste tema, se existir alguma descobriremos no próprio estudo de campo.
  • Processos pré ou pós Operatório: Um dos integrantes do grupo passou por um processo simples cirúrgico e relatou a necessidade de preencher muitos formulários, realizar consultas e exames, ou seja, passar por um processo exaustivo que talvez poderia ser mais simples com o auxílio de um app. A experiência deste integrante em si não foi o motivo pelo qual escolhemos este tema, mas introduziu a nós uma área médica em hospitais que parece possibilitar muitas ideias de aplicativos.
  • Lembretes para pacientes: Refere-se a ajuda para os usuários de lembrar de tomar um medicamento, beber água, ou similares. O tema somente chamou nossa atenção pelo fato de ser algo que todos nós temos convívio com, também. Como sentimos essa dificuldade e nos identificamos com ela, o interesse por este tema foi instantâneo;
  • Relação médico-farmacêutico: Este tema está mais relacionado com a comunicação entre um médico que recomenda certos medicamentos para um paciente. Este paciente terá que retirar as drogas em uma farmácia. O interesse do grupo por este tema se dá pelo mesmo motivo do tópico anterior, pois nos identificamos com o processo, portanto nós mesmos seríamos usuários de um aplicativo que facilite-o.

Obs: Sabemos que ser um possível usuário do aplicativo ao qual vamos desenvolver não é o ideal para este projeto. Na verdade é uma restrição que não sejamos. Contudo, é inevitável que alguns dos aplicativos que mais gostemos estejam relacionados com temas que nos identificamos. Possivelmente estes temas serão descartados, uma vez que não deveríamos ser usuários do app que desenvolveremos.

Em resumo, nesta etapa um brainstorm foi feito, surgindo ideias de Públicos alvo, temas, problemas e aplicativos que já existem e sanam alguns dos problemas. Assim tivemos uma ideia de qual caminho queremos seguir no projeto. Mas é claro, sem destacar outras possibilidades, pois novas ideias podem surgir.

2° Etapa: Ideias Preliminares, Pesquisa de Referência e Designs Inspiradores

Apesar de sabermos os temas que tínhamos mais interesse, realizamos, ainda, uma pesquisa prévia ao estudo de campo.
Primeiramente pesquisamos por problemas na área médica sem tópicos definidos, para encontrarmos resultados mais geral. A pesquisa retornou poucos resultados. Majoritariamente encontramos dificuldades na carreira médica (competitividade, vestibulares, residência, carga horária, preconceitos com médicos mais jovens, etc…) e problemas da instituição pública (ausência de infraestrutura, equipamentos, higiene, locais adequados, investimentos do governo, etc…). Também encontramos algumas pesquisas sobre doenças raras, medicamentos em falta, tratamentos complexos e outros aspectos bem específicos da profissão médica, assuntos que estão fora de questão para este projeto.

Buscamos, então, encontrar mais informações sobre os temas que nosso grupo demonstrou mais interesse mesmo, para sabermos se são realmente temas que manifestam alguns problemas na área médica e os aplicativos, se houver, que já existem tratando do mesmo tema:

  • Serviço Ambulatorial Médico de Urgência: Ao consultar a internet sobre o tema observamos que há algumas reclamações e problemas quanto ao serviço ambulatorial. Contudo, em sua maioria, os problemas se restringem a hospitais específicos e, inclusive, em locais distantes e/ou cidades pequenas (Estado da Amazônia, cidade Hortolândia de São Paulo, cidade de Suzano, etc…), além de alguns deles serem problemas mecânicos (pouco provável que sejam resolvidos por apps). A pesquisa foi feita em sites como ReclameAqui, globo.com, www.reporterparintins.com.br, etc… Também pesquisamos mais sobre a funcionalidade do serviço aqui. Essas informações, portanto, não comprovaram que é um tema promissor para o projeto, mas ao mesmo tempo não descartam-no, uma vez que não encontramos muitos relatos de problemas explícitos do serviço, mas também nada informa que ele é ideal e não precisa ser melhorado. Quanto aos aplicativos que envolvem este tema, encontramos, principalmente, um aplicativo desenvolvido pelo ministério da saúde, o qual permite o cidadão acionar o SAMU com apenas um toque e acompanhar pelo smartphone ou tablet a sua solicitação. O serviço inclui a visualização com auxílio de mapa do trajeto percorrido pela ambulância até chegar ao local do atendimento. O aplicativo integra as redes sociais gratuitas Facebook e Waze também. Muito interessante. Mais informações aqui. Com certeza este aplicativo serviria de referência, não pelo seu design, mas por sua forma de tratar um problema relacionado ao tema de forma inteligente, utilizando recursos visuais de mapas para aprimorar o serviço. Outro aplicativo que pode servir de inspiração é o Uber, como retratado anteriormente.
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  • Nutrição: Encontramos muitos aplicativos relacionados a esse tema, com mais funções, diferentes e criativas formas de tratar o mesmo problema. Alguns exemplos são: LifeSum, NutraBem, DietaeSaúde, Tecnonutri, etc… Apesar de poder resultar em um app que seria útil para um amplo público alvo (como observamos pelos aplicativos que já foram feitos e os comentários nas lojas de apps), as muitas referências encontradas acabou desmotivando a escolha deste tema como aquele que iríamos trabalhar neste projeto, uma vez que, com tanta variedade de apps já existentes tratando deste tema, dificultaria um projeto de um aplicativo original. Mesmo assim, os aplicativos mencionados servem de inspiração, caso trabalhemos com este tema, principalmente o DietaeSaúde cujos botões, a disponibilidade/organização das informações, o feedback da situação do usuário, as cores e a simplicidade nos agradaram muito. Achamos intuitivo e tinha uma aparência bonita, portanto provavelmente levaremos em consideração incluir alguns aspectos de seu desenho em nosso app. Veja abaixo:
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  • Processos pré ou pós cirúrgicos: Para este tema, foi possível encontrar muita informação sobre quais são os procedimentos (por exemplo, veja aqui e também aqui), contudo não foi encontrado nenhuma ênfase em problemas relacionados a esse tema na internet. Na verdade, achamos mais informações que destacavam a importância dos processo pré e pós cirúrgicos do que alguma reclamação deles. Consequentemente chegamos na mesma conclusão do tópico das ambulâncias: a pesquisa não foi suficiente para concluir se este tema é promissor para o projeto ou não, e precisaremos avaliar isso no estudo de campo, mas pelo menos temos agora uma noção do funcionamento deste tema. Um aplicativo para este tema que encontramos foi o iRisco (veja aqui), entre outros que, majoritariamente, tratam do risco de uma cirurgia, um pouco diferente do que imaginávamos algo para este tema (pensávamos mais em um aplicativo que poderia facilitar o processo do que um que fornecesse mais segurança, mas o iRisco ainda está dentro do tema). O iRisco, ainda, possuí ferramentas de preenchimento de questionários e recomendações pré-cirúrgicas que podem ajudar e servir de referência em um aplicativo que desenvolvamos, se for relacionado com este tema.
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  • Lembretes para pacientes: Similar ao tópico "Nutrição", possui muitos aplicativos que tentam ajudar nestes problemas, principalmente para lembrar de beber água e de tomar remédios. Aqualert é um bom exemplo, mas existem muitos similares. O design deste app não causa uma boa impressão como o DietaeSaúde, já que tem umas telas um pouco mais "abarrotada" de imagens e botões, dando um aspecto menos simples, mais confuso. Ainda sim, este app serve de inspiração/ referência, pois possui recursos que não encontrei em outros aplicativos similares: 1° - ele disponibiliza um tutorial interessante; 2° - ele inclui uma opção de o usuário escolher qual o volume de água que ele ingeriu em cada momento e associar a cada volume um recipiente (garrafa, copo descartável, jarra de água, etc…), facilitando o registro de quanto de água o usuário bebeu em cada instante. Além disso ele ainda possui uma opção de configurar uma medida de volume personalizada também. A maioria dos aplicativos do mesmo tipo que observamos possui apenas uma opção: beber um copo de água, enquanto esse permite escolher entre tipos de garrafas, jarras, copos, entre outros. Veja abaixo:
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  • Relação médico-farmacêutico: Neste tema, não encontramos nenhum artigo que relate problemas dos usuários com as farmácias. Contudo, novamente, o site ReclameAqui apresenta a opinião de diversos clientes de farmácias (apesar de serem farmácias pouco conhecidas), contente ou descontente com o serviço. Observamos reclamações diversas, desde sobre o alarme da farmácia que dispara durante a madrugada e problemas com o atendimento por telefone até problemas com o tempo de pagamento no caixa. Quanto aos aplicativos, encontramos opções que indicam as farmácias mais próximas que contém um medicamento procurado pelo usuário, opções de entrega de remédios a domicílio e também opções de consulta sobre informações de medicamentos para os médicos. Assim como o "Processos pré ou pós cirúrgicos", não encontramos nada na internet muito próximo do que imaginávamos para este tema. Importante relatar que estes apps não serviram de inspiração, ainda que estejam relacionados ao tema, pois não julgamos o design gráfico de nenhum deles muito superior aos que já vimos, além de não conter ferramentas muito distintas dos outros apps que poderíamos consderar como referência.

A pesquisa demonstrou resultados bem interessantes. Algumas conclusões podem ser feitas, mas majoritariamente os embasamentos ainda são fracos para descartar um tema, exigindo a obtenção de informações mais conclusivas (as quais provavelmente serão obtidas no estudo de campo) sobre eles. Entretanto, o nosso grupo já estaria praticamente desconsiderando os temas Nutrição e Lembretes para pacientes, pois a grande gama de aplicativos que já tratam destes temas e que, ainda por cima, possuem grande variedade e criatividade, a criação de algo novo/ diferente se torna muito complicado. Além disso, são temas que todos os integrantes do grupo se identificam e se relacionam bastante, sendo, como dito anteriormente, possíveis usuários do próprio aplicativo que desenvolveriam, o que não é o intuito deste projeto. Ainda assim pretendemos observar se, no estudo de campo, esses tópicos recebem ênfase e se alguma ideia original surja (uma ideia de tratar do mesmo tema diferentemente dos apps que já existem).

Agora, além dos aplicativos já existentes que buscam solucionar problemas relacionados aos temas que os integrantes do nosso grupo tem mais afinidades apresentados acima, pesquisamos por outros aplicativos da área de saúde também. Um app que encontramos, muito popular entre os médicos e que gostamos muito para levar como inspiração foi o Medscape. Seu uso consiste no enorme banco de dados com informações para auxiliar médicos nos diagnósticos, consultar remédios para doenças, e obter informações sobre as próprias doenças, além de muitos outros conteúdos. Utilizaremos, principalmente, o design (cores, alinhamento, espaçamento e talvez a fonte) como referência, mas também a maneira como ele disponibiliza o banco de dados para o usuário, caso venhamos a utilizar este recurso (o que, de certa forma, também é um recurso do design do app).

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3° Etapa: Relato sobre Primeira Visita - Einstein

Nesta etapa visitamos o hospital Einstein para entrarmos em contato com um ambiente em que diversos problemas e temas para trabalhar no projeto 2 possam surgir. É altamente recomendável conhecer o ambiente em que realizaremos o estudo de campo, obter recomendações e suporte de onde conseguir extrair informações de usuários e, inclusive, para pensarmos em novas ideias.

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No hospital foi realizada uma apresentação, em que, em sua maioria, foi apresentado o novo curso do Einstein para medicina. Contudo, os palestrantes também ofereceram algumas informações úteis sobre dificuldades ou ineficiências nos processos dentro do hospital, como o banco de doação de sangue (há todo um procedimento longo e complexo). Todavia nenhum dos temas apresentados ali nos empolgaram (gosto pessoal do grupo). Nessa apresentação, ainda, fomos apresentados a possíveis contatos nos quais poderemos nos comunicar para marcar conversas e pedir suporte para realizarmos o estudo de campo, particularmente o que mostrou-se mais importante entre todas as informações obtidas naquele dia.

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Também tivemos uma palestra com um doutor e responsável por algumas tarefas administrativas do Einstein, o Doutor Bento. Nela, ele apresentou alguns aplicativos de lembrete, exatamente como um dos temas que tínhamos interesse, outros aplicativos que ajudavam na comunicação entre médico e paciente, e também constatou que é importante alguns aspectos intuitivos e amigáveis que facilitam o uso do app. Apesar da menção do Dr Bento sobre um tema de nosso interesse, o aplicativo de lembrete (por exemplo: lembrar de beber água ou tomar remédios), ainda assim existem muitos desses que já tratam da questão dos mais variados jeitos. Novamente, não descartamos este tema ainda, com certeza ainda veremos as informações do estudo de campo, apesar do tópico tornar-se menos interessante que os outros.

4° Etapa: Desafios e Estratégias para Estudo de Campo

Nessa etapa planejamos o estudo de campo. Veja abaixo uma imagem ilustrativa do que fizemos:

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As perguntas no canto direito de cima da foto se referem a um roteiro com perguntas específicas que formulamos antes de realizarmos qualquer estudo de campo. Isso se aplica, inclusive, ao tópico "Perguntas Gerais". Basicamente estas perguntas pedem para a pessoa relatar algum inconveniente, desconforto ou incômodo, caso haja algum, relacionado ao tema que estaríamos tratando naquele momento ou também se a pessoa passou por experiências específicas que considerou desagradável/ineficiente. E, por fim, realizávamos mais algumas perguntas em função da resposta, como o porquê de a pessoa considerar aquilo ruim, se se repete muito, etc… Se a pessoa tivesse experiências positivas ou fatores que a satisfizesse no cotidiano sobre o tema, pediríamos para que nos contasse, da mesma forma.
É importante deixar claro que não realizaríamos perguntas de todos os temas para uma mesma pessoa. Isso poderia acabar tomando muito tempo de uma mesma pessoa e incomodá-la.

Planejamos as perguntas e a abordagem com o "entrevistado" tentando seguir os conceitos/técnicas de 5 why's ou 5w+1h (dependendo do desenvolver da conversa no estudo de campo, poderíamos aplicar uma técnica ou a outra) e também o beginner's mindset.
Relembrando de forma resumida:

  • 5why's é uma técnica de perguntar "por que?" 5 vezes. Claro, que não precisa ser necessariamente 5 vezes, pois, às vezes, alcançamos um "dead-end" antes de completar as cinco perguntas. Além disso deve-se tomar cuidado, pois a pergunta deve ser feita de forma inteligente e não 5 simples "por quê"s consecutivos e repetitivos;
  • 5w+1h equivale a why,where,when,what,who e um how. Muito importante, pois pode retornar várias informações. Geralmente pode ser aplicado quando o "entrevistado" está retratando uma experiência dele sobre algum tema;
  • O beginner's mindset é a técnica de adotar uma "cabeça" de iniciante, ou seja, você finge não conhecer nada sobre o assunto e ser o melhor aprendiz de todos, querendo compartilhar da experiência do usuário. Essa técnica pode deixar a conversa com um usuário fluir melhor e resultar na obtenção de mais informações do mesmo.

No canto esquerdo de cima, informamos que buscaríamos contatos por e-mail e telefone de médicos e outros funcionários de hospitais, tanto para realizar algumas perguntas, como também para marcar possíveis visitas ao respectivo instituto ao qual pertencesse o destinatário, para realizarmos um estudo de campo.

Entre as dificuldades:
Deveríamos perguntar para várias pessoas diferentes, desde médicos(as) e enfermeiros(as) até motoristas de ambulâncias e pacientes, pois cada tema tem um público alvo diferente. Contudo, uma das dificuldades, como relatado na imagem, seria encontrar todas esses públicos para realizar o estudo de campo… Provavelmente teríamos que restringir as pessoas entrevistadas para médicos(as), enfermeiros(as) e pacientes apenas.
Outra dificuldade reside na necessidade de permissão para realizar um estudo de campo dentro dos hospitais, o que prolonga o tempo necessário para conseguir um estudo de campo, além de dificultar muito mais a realização dele. Este foi um dos maiores desafios e mais difíceis de resolver entre todos. Acredito que também foi uma dificuldade entre outros grupos.
Abordar as pessoas corretamente, sem causar qualquer incômodo também foi algo que causou uma certa ansiosidade.
Previmos, além de tudo isso, que técnicas como o Fly on the Wall, Narration e o Shadowing majoritariamente, poderiam acabar sendo inviáveis por pouco tempo, usuários que não nos permitam realizá-los ou pouca prática na técnica, mas também poderiam acabar sendo improdutíveis, pois para alguns dos temas precisamos de informações mais concretas sobre as experiências do usuário. Mas tentariamos o Fly on the Wall, mesmo assim.

5° Etapa: Estudo de Campo e seu relato (outras visitas)

07/11 Visita ao Sírio Libanês:

No sábado dia 7/11 todos os integrantes do grupo foram visitar o Hospital Sírio Libanês para realizar o estudo de campo.
Colocamos em prática o planejamento feito, como descrito na etapa 4, e conseguimos, neste dia, entrevistar apenas três pessoas, ao longo de uns 35 minutos, mais ou menos. Depois disso, o estudo de campo foi interrompido por uma funcionária do hospital. Ela alegou que “não podíamos obter qualquer informação através dos clientes da instituição sem a autorização prévia da administração do Sírio Libanês”, portanto fomos forçados a parar o estudo de campo.
Em seguida, decidimos deixar o hospital e, a caminho da saída, paramos na recepção para pedirmos por algum contato no qual poderíamos conseguir uma permissão para fazer nosso procedimento de campo com os pacientes do hospital.

Nessa visita, nós conseguimos o seguinte resultado das três pessoas entrevistadas, resumidamente:
Todos comentaram sobre o tópico de nutrição. Uma das pessoas, em especial, deu mais enfoque para o tema e ressaltou que tem um aplicativo de nutrição que a auxilia no controle de calorias e de alguns nutrientes que tem carência. Cirurgia foi o segundo aspecto mais comentado: de fato, o processo completo para realização de uma cirurgia pareceu incomodar os usuários, mas a todos que comentaram sobre o tema (no caso 2 de 3 pessoas) sentiam-se mais seguros com tudo que realizaram ao longo da(s) experiência(s) com o tema. Sobre as farmácias, também houve um comentário de uma das pessoas, a qual alegou que já teve dificuldade em encontrar alguns de seus medicamentos e visitou uma série de farmácias antes de conseguir o que queria.

13/11 Visita ao Sírio Libanês 2:

Na sexta-feira, dia 13/11, parte do grupo voltou ao hospital Sírio Libanês para tentar conversar com mais pacientes na sala de espera. Realizando novamente as perguntas relacionadas a situações vividas por eles, sejam diariamente quanto no hospital.
Após cerca de 80 minutos na sala de espera e com um número de 6 entrevistas, deixamos o hospital Sírio Libanês.
De forma geral, a visita foi mais corrida, pois o hospital esteve mais movimentado. Conseguimos ficar menos tempo com cada entrevistado, portanto realizamos perguntas sobre menos temas com as pessoas:

Gerais: Destacou uma experiência que teve em uma viagem que fez para Minas Gerais que precisou de atendimento médico, mas não sabia onde encontra-lo. A situação se resolveu perguntando por direções para moradores locais, mas a pessoa diz ser algo um pouco difícil, pois as direções que recebia eram difíceis de seguir. Teve que fazer um esforço considerável, mesmo precisando de atendimento médico, para chegar aonde precisava;

Geral: Relatou que, em algumas ocasiões precisou de uma informação rápida de um de seus médicos, mas, ou por este estar de férias, ou por a própria pessoa estar viajando, não conseguia fazer contato. Sendo que uma mera mensagem de celular resolveria o problema. Entretanto a comunicação não foi retornada. Disse que isso era comum e seria ótimo se tivesse uma solução para isso;

Novamente muitos comentários sobre nutrição. Em sua maioria relatavam sobre a dificuldade de medir o que se come e, assim, controlar a ingestão de alimentos indesejáveis, com o principal intuito de perder peso. Quanto o problema de lembretes, algumas pessoas relataram ter dificuldade em lembrar de tomar remédios ou ir a consultas, e as motivações foram diversas (idade e dia corrido, principalmente), mas o tópico não recebeu muito enfoque em nenhuma das conversas.
Apenas duas pessoas das entrevistadas utilizaram o serviço de ambulância em emergências, na qual uma estava satisfeita com o serviço, apesar de pouco se lembrar da situação em que estava, e a outra alegou que o serviço deveria ter sido um pouco mais dinâmico (veloz), mas não fez grandes reclamações nem deu tanta ênfase (foi uma observação curta). Em contraposto, muitas pessoas relataram sobre ao menos um processo cirúrgico que realizaram. Dentre elas, poucas se pronunciaram incomodadas com o processo desta vez, mas novamente houve destaque na questão da segurança (sentimento de maior segurança que a cirurgia ocorreria com mais chances de sucesso ao realizar tudo que fizeram). Já ao trazer a farmácia para a conversa, 4 dos entrevistados relataram problemas em encontrar o medicamento (passar em farmácias que não os continha) ou em encontrar a farmácia em si (apenas uma pessoa destacou o problema de encontrar uma farmácia enquanto fazia uma viagem a um lugar que não conhecia direito).
Além dos temas que propúnhamos nas conversas, uma pessoa disse ter tido dificuldade uma vez em contactar seu médico em momento de necessidade, enquanto aquele estava de férias. Contudo, o caso se demonstrou (ao menos aos nossos olhares) bastante restrito e particular.

Fly on the Wall: Tivemos um tempo para realizar o Fly on the Wall também. reservamos outros 30 minutos para esta atividade. As observações foram bem pouco produtivas, pois não encontramos nenhuma questão que aparentava problemática no decorrer do tempo que estávamos. Pessoas bebendo água em um bebedouro, muitas pessoas utilizando álcool e gel para higienizar as mãos, pessoas conversando, quietas (esperando serem atendidas em seu lugar), atendentes conversando com os pacientes, etc…

16/11 Visita ao Einstein:

Na segunda feira 16/11 visitamos novamente o Hospital Albert Einstein com o intuito de conhecer melhor e por em prática o estudo de campo no hospital. Fomos acompanhados pelo Dr. Paulo Marcelo Zimmer o qual tem uma função administrativa no setor cirúrgico.

Durante nosso tour visitamos diferentes acomodamentos/ salas de cirurgias e repouso dos pacientes. Também passamos em salas de armazém dos equipamentos, vestiário dos funcionários, etc… Em seguida visitamos uma sala de especial de operações onde se encontra uma tecnologia fantástica no auxílio aos médicos nas cirurgias. Tivemos a chance de, inclusive, testamos o simulador que é utilizado pelos médicos para treinamento antes de usar os "robôs" e operar de verdade.

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Após testarmos o simulador, o Dr Paulo junto ao engenheiro Benedito Lima e a biomédica Simone conversaram com a gente por um tempo. Tivemos a chance de realizar a maioria das perguntas que planejamos fazer para o estudo de campo, utilizando-se das técnicas mencionadas na etapa anterior. O Dr Paulo também explicou todo o processo pré, pós e o próprio desenvolver de uma cirurgia. Antes de realizá-la, há diversos procedimentos, formando uma cadeia complexa de pré-requisitos, mas necessária para que a cirurgia ocorra corretamente, sem riscos ao paciente, como mostrado no diagrama abaixo, fornecido a nós pelo Dr P. Zimmer:

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Surpreendentemente, os três funcionários do Einstein deram uma grande ênfase a um problema que, segundo eles, ocorre em todos os hospitais, e que nenhum dos integrantes de nosso grupo havia prevido. Eles constataram que a maior dificuldade e/ou ineficiência que eles enxergavam no dia a dia deles era em um dos processos do pré-operatório: preparar todos os instrumentos e equipamentos que seriam utilizados em uma cirurgia.
Como se pode observar na imagem do diagrama, há um quadrado destacado em vermelho que representa o processo de encontrar, esterilizar e disponibilizar todos os equipamentos médicos que poderão ser utilizados na cirurgia na sala em que a operação será realizada. E a maior ineficiência destacada pelos funcionários do Einstein que conversavam conosco foi a dificuldade em encontrar cada instrumento, uma vez que estes, os quias são muitos (há uma enormidade de instrumentos e equipamentos tecnológicos utilizado em hospitais), se perdem com facilidade pelo gigantesco hospital que é o Albert Einstein. Os equipamentos podem ser deslocados entre alguns locais do Einstein pois são requisitados ou junto com os pacientes que são transferidos de uma sala para outra, de um prédio para outro, de um bloco para outro e até de um hospital para outro levando consigo, certas vezes, alguns dos equipamentos. Portanto, certos instrumentos ficam perdidos por dias, semanas, meses ou até semestres.
O engenheiro benedito e o Paulo Zimmer destacaram ainda que determinadas vezes é necessário que um funcionário do hospital dedique-se horas inteiras para encontrar alguns equipamentos, para um procedimento cirúrgico.
Eles também comentaram que, durante uma operação, às vezes, a necessidade de um equipamento médico que não está na sala pode surgir. Consequentemente alguém precisaria buscar tal equipamento com muita urgência, para não colocar a vida do paciente em risco. Portanto, a ineficiência na localização dos instrumentos recebe ainda mais importância.
Conhecendo nosso projeto, além de tudo que já haviam compartilhado com a gente, os funcionários do Einstein lembraram que já possuem um sistema de localização dos equipamentos por registros em um sistema. Assim, ao prepará-los para um procedimento cirúrgico, Paulo Zimmer nos contou que é exigido dos funcionários que registrem onde o equipamento será usado e com qual paciente (caso o paciente seja movido e o equipamento o acompanhe). Contudo, afirmou que é comum o sistema não ser tão eficiente e não ajudar muito na procura interminável pelos equipamentos espalhados pelo hospital.
Como as informações não acabavam de aparecer, Benedito Lima destacou, ainda, que um aparelho que localizasse os equipamentos por sinais deve ter cautela, pois pode influenciar em eletrocardiogramas e outros exames/aparelhos que fazem diagnósticos através de ondas magnéticas.

Conversamos também sobre os temas que pensamos originalmente: nutrição, lembretes e apps com relação a farmácia, além do processo operatório. Com relação a esses temas, em contraponto com os processos cirúrgicos, não obtemos muitas informações, eles não trabalham com tais tópicos e também não deram muito realce para para qualquer experiência negativa relacionados aos temas que o grupo tinha interesse.
Rapidamente, depois de tomar muito tempo dos funcionários do Einstein, realizamos então uma última pergunta mais geral, que não se restringem a qualquer tema, exceto ao macrotema de saúde/medicina em que estamos trabalhando, é claro. Fizemos a seguinte pergunta:

  • "Existem quaisquer inconvenientes, incômodos relacionados a área médica que poderiam ser mais práticos/eficientes que você costuma vivenciar no seu dia-a-dia, seja este um problema relacionado ao seu cotidiano e que não envolva sua profissão de saúde, seja este um problema relacionado estritamente à Instituição médica/Hospital?"

Com relação à vida pessoal e ao seu cotidiano, nenhum deles deles deram alguma resposta positiva à pergunta. Já relacionado ao hospital, Paulo, Benedito e Simone destacaram novamente o problema da localização dos equipamentos (reafirmando como isso os incomoda). Mas quando insistimos em perguntar se haveria qualquer outra coisa, eles afirmaram que, de forma geral, sempre estão buscando aplicativos, softwares, máquinas e outras tecnologias para automatizar todos os procedimentos burocráticos e práticos possíveis no hospital, tornando os processos mais eficientes, rápidos, seguros, uma vez que estão trabalhando com vidas de pessoas. Fora as respostas que já haviam dado, eles não enxergavam outros aspectos negativos que poderiam servir de temas ou problemas para o projeto.

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6° Etapa: Pré-Brainstorm

Nessa etapa juntaremos todas as informações que obtemos até agora sobre todos os temas que pensamos, desde as pesquisas de referência e designs inspiradores até o que coletamos no estudo de campo. Em seguida também vamos propor possíveis funcionalidades/ideias de aplicativos para serem confeccionadas em cada tema e, ainda baseado nas informações que coletamos, definiremos os possíveis usuários e problemas na realização, etc…

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No final desta etapa, espera-se que encontremos o tema que decidiremos trabalhar para este projeto e, consequentemente, a ideia, ainda que bruta, do aplicativo que será desenvolvido.

Com base no que fizemos (pesquisas, estudo de campo, conversas, entrevistas, observações,…), pensamos que a ideia proposta pelos funcionários do Einstein era a mais positiva e promissora dentre as demais.

  • O tema Ambulância foi descartado, principalmente, pela dificuldade em conseguir entrar em contato com seu público alvo. Conversamos com poucas pessoas que já utilizaram o serviço, e das que conversamos, somente uma achou que o serviço era pouco eficiente e destacou problemas no mesmo, enquanto os outros acreditam que é algo eficiente;
  • O tema da nutrição e o tema de lembretes foi descartado. Apesar do interesse no começo do projeto por esses tópicos, já existem muitos aplicativos no mercado com intuito de melhorar a experiência dos usuários com esses temas, com muitos designs e métodos criativos de tratar problemas similares. Dificilmente conseguiríamos criar algo original. Além disso, são temas dos quais temos bastante contato no nosso dia-a-dia, e seríamos usuários do próprio app que desenvolveríamos, o que, como afirmei anteriormente, não é o intuito deste projeto. As pessoas que conversamos no estudo de campo, ainda, não deram tanta ênfase a esse tema como esperávamos, apesar de ainda darem mais ênfase a eles do que alguns dos outros que havíamos considerado;
  • Um app para farmácias não foi uma má ideia. As pesquisas de referência não destacaram grandes problemas que possivelmente seriam resolvidos por apps, não sendo muito conclusiva. Quanto aos apps existentes, havia vários, mas todos tratam dos mesmos problemas e para os clientes das farmácias, sempre. Não encontramos nenhum app para os farmacêuticos em si. Contudo, não conseguimos contato com os funcionários de drogarias para perguntarmos sobre este tema… No estudo de campo, contudo, quando perguntamos sobre este tema, as pessoas (as quais seriam clientes de farmácias) comentaram consideravelmente sobre alguns incômodos neste tópico. Antes de visitarmos o Einstein e conversarmos com alguns de seus funcionários, este tema parecia-nos o mais promissor;
  • Pré e Pós operatório parecia ser um tema que seria descartável, pois quase ninguém gostaria que o processo fosse diferente do que fizeram (quem passou por cirurgias), quando realizamos o estudo de campo no Sírio Libanês. Alguns alegaram que o processo pré-operatório é um pouco "chato", mas não acreditam que deveria mudar, pois não queriam arriscar afetar a segurança da cirurgia. Enquanto isso, outros ignoraram o tema "pré-operatório" e nem comentaram sobre ele, ou alegaram não ter nenhum incômodo no procedimento. Quanto ao pós operatório, dependendo da cirurgia, alguns mencionaram o fato de que não poderia ter sido diferente, pois é um processo de recuperação biológico do corpo que necessita auxílio de um profissional, mas que realmente é algo incômodo e desconfortável, portanto preferiam não passar pelo mesmo novamente. Entretanto a visita ao Einstein resultou em ótimas informações! Por mais que um app para ajudar em algum processo cirúrgico para os pacientes não parecia promissor, um para os funcionários que preparam a cirurgia aparentava extremamente útil e convidativo. O problema destacado na visita ao Einstein era bastante pertinente e parecia dar bastante margem para a realização de um aplicativo que auxilie nele.

Conclusão: Ficamos entre o processo pré-cirúrgico e a questão da farmácia. E, avaliando as informações, apesar de ambos parecerem plausíveis, mas o processo pré-cirúrgico parecia mais promissor.

7° Etapa: o Conceito Final

Decidimos, enfim, que o aplicativo será baseado no rastreamento de equipamentos cirúrgicos que se perdem com frequência nos hospitais. Apesar de já existirem alguns recursos intencionando resolver o problema de encontrar os items hospitalares, conversando com os funcionários do Albert Einstein, percebemos a possibilidade de algo mais prático, ágil e, quem sabe, mais preciso, facilitando muito um problema gravíssimo no Hospital Albert Einstein, que ocupa tempo, causa gastos, estresse e outras complicações aos trabalhadores da área.
A tecnologia existente no Einstein atual, que busca solucionar o problema, utiliza-se de sinais wi-fi e tem uma precisão de 50 metros, o que inclui salas e mais salas em seu raio, sendo inviável a possibilidade de encontrar algo em uma área tão grande (seria praticamente como se o recurso fosse tão útil quanto a não existência do mesmo).
O Einstein também possui um sistema de registro dos equipamentos que o vincula ao paciente, rastreando-o como se sempre estivesse junto a ele, ao longo da estadia no hospital. Contudo, muitas vezes o paciente não precisa mais do item em algum ponto, e ao mudar de sala, o equipamento não segue junto com a pessoa, ficando em um local diferente do qual os registros demarcarão. Esta é, entre outras, a maior causa da perda de equipamentos e necessidade de checar muitas salas do hospital antes de encontrar o que procura.
De maneira geral, portanto, nosso app terá um botão de busca de equipamentos que podem ser usados diariamente no hospital. Através dessa busca serão mostrados quantos destes equipamentos estão disponiveis no momento e quais deles podem ser usados. Simultaneamente cada médico, através de um login pré realizado, terá uma identificação de quantos equipamentos ele está usando. Além disso, o recurso principal do app incluirá um mapa e buscará mostrar a área em que o equipamento pode estar com mais precisão do que a ferramenta que o Einstein possuiria atualmente.
Uma importante tarefa para nós no desenvolvimento do app, inclusive, seria torná-lo o mais simples e fácil de usar possível, para que em momentos de urgência ele não seja deixado de lado e seja a maneira mais fácil de encontrar o que precisa.
Mais informações do aplicativos serão dadas adiante, principalmente no seu protótipo finalizado.

8° Etapa: Personas

Em nossa visita ao Einstein, conversamos com o Benedito (Engenheiro Clínico), com a Simone (Biomédica), além do Doutor Paulo Zimmer. Eles nos apontaram, como já foi dito, um problema com a localização dos equipamentos. Essa informação nos rendeu algumas ideias de app e, para melhor ilustrar o nosso público alvo, ou seja, os usuários do nosso aplicativo, criamos duas personas: Douglas o Doutor e Emílio o Engenheiro. Essas personas são, na verdade, personagens fictícios cujas características seriam as que imaginamos que se enquadrariam no perfil dos nossos usuários. Para a criação desses personagens, primeiro fizemos uma breve descrição. Em seguida, pontuamos alguns problemas que os mesmos teriam, principalmente relacionados à profissão. Por último, identificamos os valores, vistos de uma forma mais sentimental, que os levaram a querer uma solução para seus problemas anteriormente citados. Para exemplificar, abaixo encontra-se algumas características de Douglas o Doutor, que também estão presentes nas fotos fixadas:

- Descrição (Description): cirurgião especializado; trabalha nesse ramo há mais de 15 anos.

- Necessidades (Needs): melhor organização; encontrar as máquinas para a cirurgia.

- Valores (Values): segurança para com a saúde de seu paciente.

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De fato, criamos duas personas, mas estas não possuem muitas diferenças entre si, além de seus empregos distintos. Principalmente, queríamos demonstrar que qualquer um do hospital, não importando a especialização, poderia se aproveitar de um aplicativo como este. Mas ainda assim, acreditamos que as personas pudessem ter sido um pouco mais diversificadas e encontrar aspectos mais distintos entre elas.

9° Etapa: Cenários

Cenários, de acordo com Chiavenato e Sapiro (2010), “ (…) são estudos do futuro para se construir diferentes imagens e visões alternativas favoráveis ou desfavoráveis do ambiente futuro de negócios”. No contexto do nosso projeto de co-design de aplicativos, Cenários seriam histórias de situações adversas com o usuário. A partir dessas situações, saberíamos como seria a interação deste com o nosso app.
Assim, ao testar um protótipo com o usuário, pediríamos para este se imaginar em uma das seguintes situações:

Antes da operação

A equipe do doutor cirurgião está preparando os equipamentos que serão utilizados em sua próxima cirurgia. Ainda falta um dos equipamentos necessários. Você faz parte dessa equipe e foi busca-lo no local de armazenamento usual dele. Contudo, não conseguiu encontra-lo e não faz ideia de onde ele poderia estar. Responsável por encontrar esses equipamentos perdidos, você recorre ao auxílio do TechLoc.
Ao utilizar o app, o que você faria se….
- Situação 1.1: soubesse que esses equipamentos foram utilizados em outra cirurgia feita algumas horas antes?
- Situação 1.2: fosse informado que esses equipamentos são muito utilizados?
- Situação 1,3: conhecesse apenas o nome dos equipamentos, sem outras informações adicionais?

Ao longo da operação

O doutor e sua equipe estão no meio de uma cirurgia cardiovascular quando algo inesperado acontece com o paciente e eles necessitam de uma determinada máquina, que não está presente, para poder salvá-lo. No entanto, eles desconhecem a localização deste equipamento, que pode estar em qualquer sala do hospital. Você, um membro da equipe, rapidamente abre o TechLoc para encontrar a máquina necessitada, para ser mais ágil.
Ao utilizar o app, o que você faria se….

- Situação 2.1: soubesse que esses equipamentos foram utilizados em outra cirurgia feita algumas horas antes?
- Situação 2.2: fosse informado que esses equipamentos são muito utilizados?
- Situação 2.3: conhecesse apenas o nome dos equipamentos, sem outras informações adicionais?

10° Etapa: Fluxo de interações:

Nesta etapa fizemos o paper prototype do nosso aplicativo. Este protótipo será apresentado a alguns médicos junto a um Balsamiq que está sendo desenvolvido:

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11° Etapa: Prototipagem usando o Balsamiq:

Abaixo encontram-se as fotos das principais telas do nosso App. Essas fotos são do aplicativo após o User Evaluation (avaliação do protótipo com um usuário), que será retratada a seguir. As imagens, portanto, já estão com algumas mudanças vindas do Feedback do Engenheiro Clínico Benedito e da Biomédica Simone.

Login.png P%C3%A1gina%20Principal.png Barra%20lateral%20de%20menu.png Lista%20de%20Items.png Lista%20Respirador%20Eletromec%C3%A2nico.png Favoritos.png Mapa%201.png Hist%C3%B3rico%20de%20Busca.png Configura%C3%A7%C3%B5es.png

Infelizmente, aplicamos os feedbacks dos usuários no primeiro protótipo que fizemos, sem antes salvar as imagens de como eram antes. Portanto não conseguimos demonstrar as imagens de como era o protótipo antes e como era depois da incorporação dos feedbacks dos usuários, para que outras pessoas possam comparar e ver as diferenças…

12° Etapa: User Evaluation:

Após fazermos o protótipo do nosso aplicativo que nomeamos TechLoc no Balsamiq, voltamos ao Einstein para receber o feedback dos usuários. Nossos usuários foram o Engenheiro Clínico Benedito e a Biomédica Simone. Eles deram feedbacks muito construtivos para nós, inclusive fizemos algumas mudanças no App graças a esses feedbacks.

  • Incorporar imagens (facilidade de visualização);
  • Confirmamos a utilidade da ferramenta "favoritos" e "histórico de busca" do equipamento;
  • Adicionar input de uma previsão de tempo que o usuário utilizará um equipamento, quando este demarcar que estará utilizando o item dali em diante;
  • Adicionar um relatório do equipamento com informações como previsão para liberação, tratamento em que será utilizado, paciente com quem estará, etc…;
  • Boas críticas do layout/design gráfico;
  • Destacou que ele não acredita que possamos utilizar um sistema de localização através de sinais, pois tem contato apenas com sistemas que usam o sinal wi-fi e não tem boas experiências com ele - por isso pesquisamos por hipóteses alternativas, como o uso de sensores em portas, sinais RFI, etc… Encontramos uma gama de hipóteses para contornar o problema, mas não nos aprofundamos muito nelas, pois não era o intuito do projeto;
  • Re-enfatizou a dificuldade e o problema que é encontrar os equipamentos ao redor do Einstein e nos disse quanto tempo e mão de obra se gasta nisso (que poderia ser gasto com outras coisas);
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Então realizamos nosso último protótipo, clique aqui e teste-o também!

Espero que gostem. O trabalho foi muito desafiador, difícil, mas nos rendeu uma experiência fantástica e tivemos a oportunidade de conhecer melhor o hospital Einstein e sua imensidão. Ficamos contentes em ter a oportunidade. Especiais agradecimentos ao engenheiro Benedito Lima e doutor Paulo Zimmer.

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